Chico Buarque devia ter acabado de conhecer a Aretha, nossa golden retriever, quando rabiscou os primeiros versos de "Cotidiano": "Todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às seis horas da manhã".
Porque é exatamente isso que Aretha faz todos os dias: às seis em ponto ela sobe as escadas até os quartos, abre a porta do quarto de dona Alice e levanta o braço dela com o focinho até minha mãe acordar, dar um afago nela e voltar a dormir.
E com a mesma previsibilidade com que acorda dona Alice todos os dias, Aretha ronda a mesa do café da manhã. Ela nunca faz isso no almoço ou no jantar, porque sabe que comida ela não ganha, não importa quanto insista. Mas com pão e frutas a história é outra: Aretha come misto quente, pão com manteiga, pão com Amendocrem, pão-de-queijo, banana, mamão, melancia. Enquanto todos tomam o café da manhã, ela se reveza entre os membros da família, ganhando um pedacinho daqui, outro de lá. O último pedaço do meu sanduíche é sempre dela (e eu preciso mostrar o prato vazio para ela se convencer de que o sanduíche realmente acabou).
Outro dia, observando Aretha andando de um lado para outro, recebendo seus petisquinhos feliz da vida, dona Alice soltou, entre um gole e outro do café com leite:
"Nosso café da manhã é o happy hour da Aretha."
Era verdade. E ninguém nunca havia descrito isso tão bem.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
tiger woods chinesa
Dona Alice não é virginiana, mas é irritantemente perfeccionista. E competitiva. Não gosta de perder nem em corrida de saco em festa de junina.
Faz mais de dez anos que minha mãe joga golfe. Começou para acompanhar meu pai, com tacos emprestados. Logo pegou gosto pela coisa e viu que jogava bem. Participou de campeonatos, representou seu clube no exterior e ganhou inúmeros troféus, que exibe orgulhosa sobre o piano.
Depois que meu pai faleceu, dona Alice quis parar. Tinha medo de dirigir até o clube, em São Bernardo do Campo. Além disso, todos do seu círculo de amigos eram casais - quem seria seu parceiro nos jogos? Todo mês ensaiava cancelar seu título, mas a paixão pelo esporte falava mais alto. Resolveu mantê-lo e hoje cuida de seus tacos como se fossem de cristal.
Só que para dona Alice não vale apenas jogar. O ditado "O importante é competir" não diz absolutamente nada para ela. Importante mesmo é ganhar. Mas sem tempo para praticar, estava fazendo feio aos domingos, quando joga para valer com os amigos.
Foi na expansão do Campo Belo que dona Alice encontrou a solução para o problema.
O Campo Belo é hoje um bairro em crescimento. Grandes incorporadoras invadiram a região, compraram as casinhas que estavam aqui há décadas e todo fim de semana há um lançamento novo. E junto com os modelos decorados são também construídos gramados, mantidos até o início das obras. Gramados imensos, com alguns desníveis estratégicos, verdejantes, bem cuidados.
Dona Alice não teve dúvida: escolheu o empreendimento com gramado mais bonito e lá foi pelas ruas do bairro, com viseira e luva, carregando o case cheio de tacos e uma sacola cheia de bolinhas de papel, para treinar seu swing.
Os vigias dos terrenos no início achavam curioso - quem era aquela senhora de olhos puxados, que vinha cedinho, com uma infinidade de tacos, conseguia bater 200 bolinhas de papel em pouco mais de uma hora e depois saía pelo gramado recolhendo todas elas? Depois passaram a achar divertido. Alguns até começaram a deixar o lugar mais limpinho no dia anterior para que minha mãe pudesse praticar. Minha mãe, grata, dava gorjetas gordinhas.
Dona Alice já mudou algumas vezes de campo no bairro. As obras começam e ela é obrigada a encontrar outro gramado para treinar suas tacadas. Achou um que agora chama de "meu campo": uma área verde, de esquina, numa subida, cercada por um muro baixinho. O dono do terreno se recusou a vendê-lo à incorporadora, que levantou o prédio mesmo assim. Agora dificilmente conseguirá se desfazer dele.
Nesse campo, dona Alice pratica com bolinhas de verdade. Quando erra a tacada, a bolinha bate na árvore, perde velocidade, passa por cima do muro e sai pingando pela rua, para completa confusão dos passantes, que não entendem de onde elas vêm. Algumas pessoas, achando que as bolinhas não têm dono, guardam-nas no bolso, só para encontrar dona Alice lá na frente, toda equipada, a Tiger Woods chinesa. Todos se prontificam a devolver as bolinhas, mas minha mãe deixa que levem - uma pequena cortesia por usar o gramado alheio.
Os treinos têm dado resultado. Já faz algum tempo que dona Alice volta para casa feliz de seus jogos aos fins de semana. Entra em casa e vai direto para o tanque, limpar seus equipamentos. No dia seguinte, se estiver sol, pega tudo de novo e vai treinar algumas tacadas em seu campo.
Faz mais de dez anos que minha mãe joga golfe. Começou para acompanhar meu pai, com tacos emprestados. Logo pegou gosto pela coisa e viu que jogava bem. Participou de campeonatos, representou seu clube no exterior e ganhou inúmeros troféus, que exibe orgulhosa sobre o piano.
Depois que meu pai faleceu, dona Alice quis parar. Tinha medo de dirigir até o clube, em São Bernardo do Campo. Além disso, todos do seu círculo de amigos eram casais - quem seria seu parceiro nos jogos? Todo mês ensaiava cancelar seu título, mas a paixão pelo esporte falava mais alto. Resolveu mantê-lo e hoje cuida de seus tacos como se fossem de cristal.
Só que para dona Alice não vale apenas jogar. O ditado "O importante é competir" não diz absolutamente nada para ela. Importante mesmo é ganhar. Mas sem tempo para praticar, estava fazendo feio aos domingos, quando joga para valer com os amigos.
Foi na expansão do Campo Belo que dona Alice encontrou a solução para o problema.
O Campo Belo é hoje um bairro em crescimento. Grandes incorporadoras invadiram a região, compraram as casinhas que estavam aqui há décadas e todo fim de semana há um lançamento novo. E junto com os modelos decorados são também construídos gramados, mantidos até o início das obras. Gramados imensos, com alguns desníveis estratégicos, verdejantes, bem cuidados.
Dona Alice não teve dúvida: escolheu o empreendimento com gramado mais bonito e lá foi pelas ruas do bairro, com viseira e luva, carregando o case cheio de tacos e uma sacola cheia de bolinhas de papel, para treinar seu swing.
Os vigias dos terrenos no início achavam curioso - quem era aquela senhora de olhos puxados, que vinha cedinho, com uma infinidade de tacos, conseguia bater 200 bolinhas de papel em pouco mais de uma hora e depois saía pelo gramado recolhendo todas elas? Depois passaram a achar divertido. Alguns até começaram a deixar o lugar mais limpinho no dia anterior para que minha mãe pudesse praticar. Minha mãe, grata, dava gorjetas gordinhas.
Dona Alice já mudou algumas vezes de campo no bairro. As obras começam e ela é obrigada a encontrar outro gramado para treinar suas tacadas. Achou um que agora chama de "meu campo": uma área verde, de esquina, numa subida, cercada por um muro baixinho. O dono do terreno se recusou a vendê-lo à incorporadora, que levantou o prédio mesmo assim. Agora dificilmente conseguirá se desfazer dele.
Nesse campo, dona Alice pratica com bolinhas de verdade. Quando erra a tacada, a bolinha bate na árvore, perde velocidade, passa por cima do muro e sai pingando pela rua, para completa confusão dos passantes, que não entendem de onde elas vêm. Algumas pessoas, achando que as bolinhas não têm dono, guardam-nas no bolso, só para encontrar dona Alice lá na frente, toda equipada, a Tiger Woods chinesa. Todos se prontificam a devolver as bolinhas, mas minha mãe deixa que levem - uma pequena cortesia por usar o gramado alheio.
Os treinos têm dado resultado. Já faz algum tempo que dona Alice volta para casa feliz de seus jogos aos fins de semana. Entra em casa e vai direto para o tanque, limpar seus equipamentos. No dia seguinte, se estiver sol, pega tudo de novo e vai treinar algumas tacadas em seu campo.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
o gordo
Dona Alice não entende de futebol. Se você perguntar a ela quantos cartões amarelos um jogador pode tomar por jogo ou qual a regra do impedimento, ela não vai saber te dizer. Mas ela adora assistir os jogos. Talvez seja o verde do gramado, talvez seja o vai e vém dos jogadores, talvez seja a vibração da torcida, ninguém sabe dizer. Mas de uns tempos para cá, ela deliberadamente procura jogos na TV - não sabe quem está jogando, nem qual campeonato - e assiste, xinga o juiz e torce sempre para quem está ganhando. Para dona Alice, a lealdade pelo time só vale em tempos de Copa.
Ontem a novela das oito acabou mais cedo para a transmissão de Corinthians e Atlético Mineiro pelo Campeonato Brasileiro. Enquanto os jogadores não entravam em campo, o narrador da Globo listava a escalação dos times. Minha mãe escutava, atenta, como se soubesse qual combinação faria um time vitorioso.
Quando ele terminou a escalação do Corinthians, eis que dona Alice solta a pergunta de um milhão de dólares: "Mas e o gordo?"
Quantos jogadores tem num time? Dona Alice não faz ideia. Mas o gordo? O gordo ela sabe quem é.
Ontem a novela das oito acabou mais cedo para a transmissão de Corinthians e Atlético Mineiro pelo Campeonato Brasileiro. Enquanto os jogadores não entravam em campo, o narrador da Globo listava a escalação dos times. Minha mãe escutava, atenta, como se soubesse qual combinação faria um time vitorioso.
Quando ele terminou a escalação do Corinthians, eis que dona Alice solta a pergunta de um milhão de dólares: "Mas e o gordo?"
Quantos jogadores tem num time? Dona Alice não faz ideia. Mas o gordo? O gordo ela sabe quem é.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
celme
Antes de dona Alice havia a dona Celme.
Celme foi uma das pessoas de coração gigante que minha mãe encontrou na época em que vendia roupas de porta em porta. Bonita e dona de um irresistível sotaque mineiro, Celme morava numa casa de esquina no Campo Belo. Em seu quintal se erguia uma jabuticabeira imensa, que ainda hoje continua de pé. Seus dois filhos, Roberto e Silvana, tinham quase a idade de minha mãe. Ninico, seu marido, tinha uma linda cabeleira grisalha, dirigia uma perua escolar e era testemunha de Jeová. Na casa deles viviam três vira-latas simpáticos: Pelé, Pitu e Menina.
Celme era uma das melhores clientes de dona Alice: gentil, generosa e boa pagadora. Durante as compras, com frases curtas, gestos e risadas, foram se aproximando. Até que um dia, apontando para o barrigão que anunciava a chegada iminente do bebê, Celme brincou:
- Quando o bebê nascer você me dá?
Minha mãe riu, disse que sim e continuou tratando de negócios.
Quando eu tinha pouco mais de um mês, dona Alice apareceu na porta de Celme, bebê no colo. Celme tomou um susto. Explicou que estava brincando, que não podia ficar comigo, mas que poderia cuidar de mim se minha mãe quisesse.
E foi assim que ganhei minha primeira e única babá. No primeiro ano, minha mãe ia trabalhar e voltava a cada três horas para amamentar. Quando passei a tomar mamadeira, o já esporádico convívio com meus pais ficou ainda mais raro: eles me deixavam na casa de Celme ainda cedo, enquanto eu ainda estava dormindo; iam me buscar tarde da noite, quando eu já estava dormindo. Eu quase nunca os via.
Com Celme, tive uma educação completamente brasileira: falava só em português, aprendi a comer de garfo, adorava groselha e tinha medo da Cuca, do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Celme foi minha primeira referência materna e foi ela a quem eu, por anos, chamei de mãe. Dona Alice era "Mamãe Alice" (fato que ela mesma conta, não sem um quê de tristeza).
Quando completei quatro anos, minha mãe finalmente conseguiu comprar a casa que se tornaria o bazar. Agora ela poderia cuidar dos filhos como gostaria (a essa altura meu irmão já tinha dois anos) e passaria mais tempo com eles, sem a ajuda de uma babá.
A transição, no entanto, foi difícil. Eu estranhava a casa nova, não entendia chinês e sofria com a severidade de meu pai. Na volta da escola, seu Roberto fazia o caminho mais longo para que eu não visse a casa de Celme. Frustrados, meus pais se desesperavam por não conseguir explicar a situação à filha que parecia nunca parar de chorar.
Celme também sentia nossa falta. Telefonava sempre, queria saber como estavam as coisas. Ninico passava aos sábados, depois das reuniões no Salão do Reino, para matar as saudades. Quando ele ia embora, eu torcia para que me levasse junto.
Com o tempo, os adultos perceberam que a separação não era boa para ninguém. E, como num acordo que dispensava palavras, as duas famílias se uniram, as crianças (a essa altura, minha irmã já havia nascido) o elo entre pessoas tão diferentes. Como se fosse a coisa mais natural do mundo, Celme adotou a família chinesa. Cozinheira de mão cheia, os almoços de domingo em sua casa foram por muito tempo uma tradição, com direito a corrida de F-1, macarronada e frango assado e soneca na rede após a comilança. É uma das minhas memórias mais vívidas de infância.
Não sei quando deixei de chamar Celme de mãe e Ninico de pai, mas a nomenclatura não mudou o sentimento. Com eles dividi grandes momentos: aniversários, Dias das Mães, Dias dos Pais, Natais, formaturas.
Mas o tempo passou e a vida foi acontecendo: eu e meus irmãos fomos explorar o mundo, meus pais fizeram outros amigos na comunidade chinesa que crescia em São Paulo e os encontros ficaram menos frequentes.
Ninico faleceu em 2003, um ano antes de meu pai. Celme hoje tem quase 80 anos, mora num prédio baixinho em Moema, mas não sai tanto quanto antigamente. Diz que não tem mais tanta energia. Seu coração, no entanto, continua grande. Mesmo com a saúde um pouco frágil, atravessava a cidade para visitar tia Delta, sua irmã mais nova, que faleceu há duas semanas de câncer. E ela nunca, nunca esquece de nossos aniversários.
Celme foi uma das pessoas de coração gigante que minha mãe encontrou na época em que vendia roupas de porta em porta. Bonita e dona de um irresistível sotaque mineiro, Celme morava numa casa de esquina no Campo Belo. Em seu quintal se erguia uma jabuticabeira imensa, que ainda hoje continua de pé. Seus dois filhos, Roberto e Silvana, tinham quase a idade de minha mãe. Ninico, seu marido, tinha uma linda cabeleira grisalha, dirigia uma perua escolar e era testemunha de Jeová. Na casa deles viviam três vira-latas simpáticos: Pelé, Pitu e Menina.
Celme era uma das melhores clientes de dona Alice: gentil, generosa e boa pagadora. Durante as compras, com frases curtas, gestos e risadas, foram se aproximando. Até que um dia, apontando para o barrigão que anunciava a chegada iminente do bebê, Celme brincou:
- Quando o bebê nascer você me dá?
Minha mãe riu, disse que sim e continuou tratando de negócios.
Quando eu tinha pouco mais de um mês, dona Alice apareceu na porta de Celme, bebê no colo. Celme tomou um susto. Explicou que estava brincando, que não podia ficar comigo, mas que poderia cuidar de mim se minha mãe quisesse.
E foi assim que ganhei minha primeira e única babá. No primeiro ano, minha mãe ia trabalhar e voltava a cada três horas para amamentar. Quando passei a tomar mamadeira, o já esporádico convívio com meus pais ficou ainda mais raro: eles me deixavam na casa de Celme ainda cedo, enquanto eu ainda estava dormindo; iam me buscar tarde da noite, quando eu já estava dormindo. Eu quase nunca os via.
Com Celme, tive uma educação completamente brasileira: falava só em português, aprendi a comer de garfo, adorava groselha e tinha medo da Cuca, do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Celme foi minha primeira referência materna e foi ela a quem eu, por anos, chamei de mãe. Dona Alice era "Mamãe Alice" (fato que ela mesma conta, não sem um quê de tristeza).
Quando completei quatro anos, minha mãe finalmente conseguiu comprar a casa que se tornaria o bazar. Agora ela poderia cuidar dos filhos como gostaria (a essa altura meu irmão já tinha dois anos) e passaria mais tempo com eles, sem a ajuda de uma babá.
A transição, no entanto, foi difícil. Eu estranhava a casa nova, não entendia chinês e sofria com a severidade de meu pai. Na volta da escola, seu Roberto fazia o caminho mais longo para que eu não visse a casa de Celme. Frustrados, meus pais se desesperavam por não conseguir explicar a situação à filha que parecia nunca parar de chorar.
Celme também sentia nossa falta. Telefonava sempre, queria saber como estavam as coisas. Ninico passava aos sábados, depois das reuniões no Salão do Reino, para matar as saudades. Quando ele ia embora, eu torcia para que me levasse junto.
Com o tempo, os adultos perceberam que a separação não era boa para ninguém. E, como num acordo que dispensava palavras, as duas famílias se uniram, as crianças (a essa altura, minha irmã já havia nascido) o elo entre pessoas tão diferentes. Como se fosse a coisa mais natural do mundo, Celme adotou a família chinesa. Cozinheira de mão cheia, os almoços de domingo em sua casa foram por muito tempo uma tradição, com direito a corrida de F-1, macarronada e frango assado e soneca na rede após a comilança. É uma das minhas memórias mais vívidas de infância.
Não sei quando deixei de chamar Celme de mãe e Ninico de pai, mas a nomenclatura não mudou o sentimento. Com eles dividi grandes momentos: aniversários, Dias das Mães, Dias dos Pais, Natais, formaturas.
Mas o tempo passou e a vida foi acontecendo: eu e meus irmãos fomos explorar o mundo, meus pais fizeram outros amigos na comunidade chinesa que crescia em São Paulo e os encontros ficaram menos frequentes.
Ninico faleceu em 2003, um ano antes de meu pai. Celme hoje tem quase 80 anos, mora num prédio baixinho em Moema, mas não sai tanto quanto antigamente. Diz que não tem mais tanta energia. Seu coração, no entanto, continua grande. Mesmo com a saúde um pouco frágil, atravessava a cidade para visitar tia Delta, sua irmã mais nova, que faleceu há duas semanas de câncer. E ela nunca, nunca esquece de nossos aniversários.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
paleta de cores
Da série "Confusões de dona Alice":
Eliana é uma senhora ruiva e elegante que mora no prédio quase na frente do bazar da dona Alice. Ela e sua cadelinha Joy, uma pincher pretinha que desfila modelitos incríveis no inverno, passam todos os dias na loja entre 18h30 e 19h, depois da caminhada de final de tarde. Joy e Aretha dividem biscoitinhos, dona Alice e Eliana trocam as últimas do dia e é hora de ir para casa.
Outro dia, Eliana apareceu vestida com uma blusa verde-escuro, de tom parecido com as usadas no Exército brasileiro. Dona Alice, sempre gentil e dona de várias peças verdes no guarda-roupa, elogiou:
"Puxa, Eliana, você fica muito bem de verde-músculo!"
Verde-músculo. Acho que essa ainda não incluíram na paleta de cores.
Eliana é uma senhora ruiva e elegante que mora no prédio quase na frente do bazar da dona Alice. Ela e sua cadelinha Joy, uma pincher pretinha que desfila modelitos incríveis no inverno, passam todos os dias na loja entre 18h30 e 19h, depois da caminhada de final de tarde. Joy e Aretha dividem biscoitinhos, dona Alice e Eliana trocam as últimas do dia e é hora de ir para casa.
Outro dia, Eliana apareceu vestida com uma blusa verde-escuro, de tom parecido com as usadas no Exército brasileiro. Dona Alice, sempre gentil e dona de várias peças verdes no guarda-roupa, elogiou:
"Puxa, Eliana, você fica muito bem de verde-músculo!"
Verde-músculo. Acho que essa ainda não incluíram na paleta de cores.
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